ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS PARA A TRANSIÇÃO PARA A ECONOMIA DE BAIXO CARBONO: UMA ANÁLISE NO SETOR DO AGRONEGÓCIO
DOI:
https://doi.org/10.15202/wpemvg81Palavras-chave:
Economia de Baixo Carbono, Estratégias Empresariais, Agronegócio Brasileiro, Sustentabilidade Corporativa, Índice Carbono Eficiente da B3Resumo
A transição para uma economia de baixo carbono impõe novos desafios estratégicos ao setor do agronegócio brasileiro, marcado historicamente por modelos produtivos intensivos em emissões. Este artigo analisa as estratégias empresariais adotadas por companhias listadas na B3, participantes e não participantes do Índice Carbono Eficiente (ICO2), com o objetivo de compreender como tais organizações vêm respondendo às exigências ambientais globais. A partir de uma abordagem qualitativa, fundamentada na tese de Silva (2023) e em referências nacionais, investiga-se a adoção de práticas como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), inventários de emissões, certificações climáticas e participação em plataformas ESG. Os resultados indicam que, embora a adesão ao ICO2 esteja associada a maior previsibilidade financeira e ganho reputacional, a transformação estrutural das práticas empresariais ainda encontra limites importantes. Tais barreiras incluem fragilidade institucional, contradições regulatórias e desigualdades de acesso à inovação. Conclui-se que a transição climática no agronegócio requer mais do que estratégias pontuais: exige coerência sistêmica, capacidade de inovação e alinhamento entre políticas públicas e dinâmicas de mercado.