ÍNDICE CARBONO EFICIENTE DA B3: AVALIAÇÃO COMPARATIVA DO DESEMPENHO ECONÔMICO DE EMPRESAS PARTICIPANTES E NÃO PARTICIPANTES DO AGRONEGÓCIO

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar o desempenho econômico de empresas do setor agroindustrial brasileiro listadas na B3, a partir da comparação entre aquelas que integram o Índice Carbono Eficiente (ICO2) e aquelas que não participam da iniciativa. Com recorte temporal centrado nos anos de 2021 e 2022, a pesquisa adota uma abordagem qualitativa e exploratória, com base na análise documental e na comparação de indicadores financeiros como ROA (Retorno sobre Ativos), ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) e LPA (Lucro por Ação). Os resultados sugerem que as empresas participantes do ICO2 apresentam, em média, desempenho superior nos indicadores analisados, ainda que não se estabeleça relação de causalidade direta. A análise é complementada por um exame crítico do papel do ICO2 como instrumento de sinalização de responsabilidade climática no mercado de capitais, especialmente em um contexto de crescente valorização de critérios ESG (Environmental, Social and Governance). As discussões apontam para a existência de uma correlação entre governança ambiental e vantagem competitiva, sem desconsiderar as limitações estruturais e metodológicas da investigação. A pesquisa reforça a importância do debate sobre finanças sustentáveis no Brasil, particularmente no setor agroindustrial, responsável por parcela significativa das emissões nacionais de gases de efeito estufa. Conclui-se que a inserção em índices de sustentabilidade pode representar uma estratégia relevante de diferenciação e criação de valor, alinhando rentabilidade e compromisso ambiental no contexto de transição para uma economia de baixo carbono.

Palavras-Chave: Sustentabilidade Corporativa; Agronegócio; Mercado de Carbono; Desempenho Econômico; ICO2.